Entre cinco a oito anos: segundo o analista Eric Jackson, é esta a esperança de vidapara a maior rede social do mundo.
O fundador da Ironfire Capital acredita que o Facebook deverá desaparecer em menos de uma década, fruto da sua incapacidade detransitar com sucesso para a geração móvel. No programa Squawk on the Street,transmitido pela CNBC, o analista comparou o Facebook à Yahoo que atualmente “vale 10% do que valia no auge do ano 2000”, prevendo um destino semelhante para a rede de Zuckerberg.
A análise de Jackson baseia-se no pressuposto de que até hoje existiram três gerações de empresas de Internet: a primeira, a dos grandes portais, com nomes como a Yahoo e a AOL; a segunda, da Web social, com empresas como o MySpace e o Facebook; e a terceira, que está a emergir neste momento, de empresas direcionadas para as plataformas móveis. Segundo ele, apesar dos esforços empreendidos por estas empresas ainda nenhuma conseguiu fazer com sucesso a transição para a geração posterior – e poderá ser precisamente esse o destino que aguarda a empresa de Mark Zuckerberg.
O problema não é propriamente uma novidade: antes da entrada do Facebook em bolsa, em maio de 2012, a própria empresa reconheceu que as plataformas móveis continuam a ser um desafio, isto porque a marca não retira qualquer rendimento do acesso dos utilizadores através desta via, embora 50% dos dos acessos à rede sejam feitos através destas plataformas.
O pessimismo em torno do Facebook também não tem favorecido a empresa na bolsa: em apenas duas semanas, a empresa viu o valor das suas ações cair mais de 27%.
E as más notícias não ficam por aqui. De acordo com um estudo recentemente divulgado pela Reuters e pela Ipsos, mais de um terço dos utilizadores do Facebook admitiu que atualmente passa menos tempo a navegar na rede do que há seis meses. Mas nem tudo parece ser mau: o mesmo estudo apontou para uma subida do tempo de navegação em 20% dos inquiridos, injetando alguma esperança e confiança quanto ao futuro da empresa como rede social e como valor de mercado.
Resta esperar para ver que trunfos terá Zuckerberg ainda guardados. Será o Sr. Facebook capaz de mudar pela primeira vez a história das empresas de Internet?